Explosão de caldeira deixa mortos e feridos em Cabreúva, interior de São Paulo
Cinco pessoas morreram e 30 ficaram feridas na explosão da caldeira de metalúrgica em Cabreúva, interior de São Paulo.
Uma câmera de segurança registrou o momento da explosão. Eram 10h42. Segundo o Corpo de Bombeiros, o forno a gás da fundição de alumínio explodiu. De longe, dava para ver a enorme cortina de fumaça. As informações são do G1.
O prédio ficou destruído. Só sobrou a estrutura. Os destroços ficaram espalhados pelo pátio e pela rua. O contador aposentado Fernando Maciel ouviu o estrondo da casa dele, a 2 km de distância.
“Eu nunca esperava que fosse essa empresa que tivesse explodido. Em casa, tudo estremeceu. Nossa Senhora, tremia dos pés à cabeça. O susto foi muito grande. É um estrondo como se tivesse caído uma bomba”, conta.
O forneiro da metalúrgica Ermeliano Reis Santos trabalha na caldeira, mas tinha saído do local pouco antes da explosão.
“Foi triste, foi triste. Nunca tinha visto uma coisa dessa, uma cena dessa”, conta.
Uma parte dos feridos foi levada para Santa Casa de Cabreúva. Os que se queimaram com gravidade foram transferidos para hospitais da região. Os bombeiros passaram o dia em busca de vítimas.
“A gente está tentando localizar nominalmente todas as vítimas, e todas as pessoas que deixaram o local que não foram consideradas vítimas para a gente tentar eliminar a possibilidade de ter alguém no local ainda”, diz o major Eric Vilas Boa, do Corpo de Bombeiros.
Na hora da explosão, pelo menos 33 funcionários trabalhavam na metalúrgica de acordo com o Corpo de Bombeiros. A perícia está fazendo um levantamento no local para saber as possíveis causas.
“A perícia, neste momento, está fazendo o levantamento de local, as causas da explosão, mas vai vir uma segunda equipe de perícia que é especializada, porque aí tem escombro, tem gás. Então, vai vir uma segunda equipe de perícia especializada. No momento, não tem como determinar qual é a causa. Na verdade, explodiu todos, os dois fornos estão destruídos lá e o impacto foi grande”, afirma o delegado Ruiter Martins.
Pedro Siqueira Barbosa Filho é porteiro da metalúrgica e não esquece o que viu depois da explosão.
“Hora que vi os meus amigos… Tudo queimado, para mim, parece que… Mas eu vi os vidros… Passou tudo perto de mim e não fez nada em mim”, conta.