GERALSÃO CARLOS

Homem que matou colega de trabalho com retroescavadeira é condenado a 10 anos e seis meses de prisão em São Carlos

Milton César Magalhães, de 44 anos, não poderá recorrer em liberdade. Sentença foi proferida na madrugada desta sexta-feira (6) após mais de 16 horas de julgamento.

O operador de máquinas pesadas Milton César Magalhães, de 44 anos, foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão por homicídio. Ele é acusado de assassinar com uma retroescavadeira o colega de trabalho Iébel Garcia, de 41 anos, em São Carlos (SP).

O julgamento, que durou mais de 16 horas, terminou na madrugada desta sexta-feira (6). A sentença do réu, que não poderá recorrer em liberdade, foi proferida pelo juiz Antonio Benedito Morello à 1h10, em último ato que encerrou o tribunal do júri.

O advogado de defesa Leandro de Lima Oliveira disse que vai recorrer da decisão para tentar diminuir a pena.

Magalhães e Garcia eram funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de São Carlos. O crime aconteceu no dia 22 de março, no Jardim São Paulo, perto de uma unidade da autarquia e foi registrado por câmeras de segurança.

Nas imagens, Silva chega de moto e é atingido por uma retroescavadeira dirigida por Magalhães. Após a vítima cair no chão é atropelada. O acusado ainda usa a concha da retroescavadeira para atingir a vítima várias vezes.

Homem que matou colega de trabalho com retroescavadeira vai a júri popular em São Carlos — Foto: Bruno Moraes/ acidade on

Os jurados rejeitaram a tese de inexigibilidade de conduta diversa, que daria a absolvição ao réu, mas acolheram a de homicídio privilegiado, em que Magalhães estava tomado por “violenta emoção”. Foram admitidas as qualificadoras de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Na dosimetria da pena, o juiz ponderou haver a possibilidade de a própria vítima ter contribuído ou influenciado o “tresloucado ato do réu”, mas que o ato reprovável de Magalhães, que empregou uma máquina pesada para matar o adversário, majoraria a pena.

Em soma inicial, o magistrado contabilizou 14 anos de pena. Com a entrada na equação do entendimento dos jurados ter havido violenta emoção, foi estabelecidos os finais 10 anos e seis meses de reclusão.

Prisão

Após o crime, Magalhães fugiu do local com a retroescavadeira, que foi encontrada no bairro Azulville. Ele se entregou à polícia cinco dias após o crime e alegou que agiu em legítima defesa.

Na época, Magalhães se disse arrependido e chorou bastante. Ele está preso desde o dia 27 de março do ano passado.

Brigas

O réu e a vítima já haviam brigado em 2014, segundo segundo o Saae. Os dois funcionários foram punidos com suspensão de 30 dias após sindicância. O motivo da discussão não foi divulgado.

Funcionários da autarquia relataram que os dois tiveram outras discussões desde então, até com uso de canivetes.

O corpo de Garcia foi velado em São Carlos e depois sepultado em São João Batista do Glória (MG).

Iebel Garcia Silva (foto à esquerda) foi assassinado por Milton César Magalhães em São Carlos — Foto: Reprodução/EPTV

Fonte: G1.

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