GERALSÃO CARLOS

São Carlos inicia revisão do plano diretor com audiência pública sobre infraestrutura e mobilidade urbana

A Prefeitura de São Carlos inicia, no dia 3 de setembro, a revisão do Plano Diretor Estratégico. O primeiro encontro será realizado na Fundação Educacional São Carlos (FESC), a partir das 18h, com o tema “Infraestrutura e Mobilidade Urbana”. Outras audiências estão previstas até dezembro, abordando diferentes eixos temáticos relacionados ao planejamento urbano da cidade.
O assessor do prefeito Netto Donato, João Muller, também participa do processo de revisão. “Entramos agora na fase de escuta da população, que é essencial para garantir que o novo Plano Diretor reflita as necessidades reais da cidade. A audiência do dia 3 marca o início de um processo participativo, transparente e estruturado, que se estenderá até o final do ano. A meta é construir um instrumento de planejamento que oriente o crescimento urbano de São Carlos pelos próximos dez anos, com equilíbrio entre desenvolvimento e qualidade de vida”.
O secretário adjunto de Mobilidade Urbana, Sebastião Batista, confirma que a revisão do Plano Diretor é uma oportunidade para integrar o planejamento viário do município. “Nosso objetivo é garantir que os deslocamentos em São Carlos sejam mais seguros, eficientes e inclusivos. Para isso, é fundamental que os projetos urbanos considerem a infraestrutura necessária desde o início, evitando soluções improvisadas e promovendo qualidade de vida. A participação da população e dos profissionais da área técnica será essencial para construir propostas que atendam às reais necessidades da cidade”.
Para contribuir com o debate sobre mobilidade e infraestrutura, o especialista Israel Belleza, assessor executivo da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, destacou a importância da integração entre o Plano Diretor e o Plano de Mobilidade Urbana.
“Essa articulação é fundamental para evitar a expansão urbana desordenada, reduzir custos de infraestrutura e promover inclusão social. A revisão do Plano Diretor é uma oportunidade para alinhar políticas de uso do solo com estratégias de transporte, garantindo que o crescimento da cidade ocorra de forma sustentável e eficiente”.
Belleza ressaltou que a mobilidade urbana não deve ser tratada apenas como um problema técnico, mas como uma questão social e territorial.
“A forma como as pessoas se deslocam está diretamente ligada ao acesso à saúde, educação, trabalho e lazer. Quando o transporte público é ineficiente ou inexistente em certas áreas, isso aprofunda desigualdades e compromete o direito à cidade”.

Participação cidadã – O especialista também enfatizou a relevância da participação da comunidade nas discussões. “Mais do que um requisito legal, o envolvimento da população fortalece o direito à cidade e contribui para soluções mais eficazes. A escuta ativa permite identificar gargalos, padrões de deslocamento e prioridades locais, tornando as decisões mais legítimas e alinhadas às demandas reais”.
Segundo Belleza, os debates públicos são momentos-chave para que diferentes vozes sejam ouvidas, especialmente aquelas que costumam ficar à margem dos processos decisórios. “Mais do que um requisito legal, esse envolvimento garante que as soluções propostas sejam construídas a partir das necessidades reais da população, fortalecendo o direito à cidade e estimulando o sentimento de pertencimento dos cidadãos ao espaço urbano. Por meio de audiências públicas, consultas digitais e conselhos de mobilidade, a comunidade contribui com informações valiosas sobre gargalos, padrões de deslocamento e prioridades locais. Esse processo colaborativo aumenta a legitimidade das decisões, fortalece o controle social e reduz resistências na implementação de projetos, resultando em políticas mais eficientes e socialmente enraizadas”.
O prefeito Netto Donato enfatizou a importância do debate acerca do Plano Diretor para o desenvolvimento sustentável de São Carlos. “A revisão do Plano Diretor é uma etapa fundamental para que São Carlos continue crescendo com responsabilidade, inclusão e planejamento. Estamos diante de uma oportunidade de ouvir a população, corrigir distorções e incorporar novas demandas que surgirem. A integração com o Plano de Mobilidade Urbana é estratégica, pois garante que o uso do solo esteja alinhado com os modos de transporte e com a infraestrutura necessária para atender uma cidade que se desenvolve. Queremos que os empreendimentos urbanos sejam entregues com qualidade, segurança e acesso a serviços públicos essenciais. Mais do que atualizar um documento técnico, estamos construindo, junto com a comunidade, uma visão de cidade para os próximos dez anos”.

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