Morte de Joca será investigada pela Anac e Ministério dos Portos e Aeroportos

Depois da repercussão do caso de Joca, o golden retriever que morreu após ser mandado pela companhia aérea Gol para o estado errado e ter passado quase oito horas viajando, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério dos Portos e Aeroportos anunciaram a abertura de uma investigação sobre o caso.

“Instauramos processo administrativo para apurar os motivos que levaram à morte do cachorro Joca no voo G3 1527 entre o Aeroporto de Fortaleza (CE) e Guarulhos (SP). A abertura do processo ocorreu após pedido de informações à empresa aérea pela Agência e realização de reunião entre o diretor-presidente da Agência, Tiago Pereira, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho”, informou a Anac em nota.

Ainda segundo o comunicado da agência federal, foi solicitado à Gol informações sobre as condições de transporte de Joca, a razão pela qual ele foi enviado para o aeroporto de Fortaleza (CE) e não o de Sinop (MT), conforme contratado, e as condições para a prestação desse tipo de serviço.

A morte de Joca acontece pouco mais de dois anos do caso de Pandora, a cadela que ficou desaparecida durante 45 dias, enquanto estava sob os cuidados da mesma empresa, a Gol, e no mesmo aeroporto, mas que felizmente foi achada.

Joca tinha cinco anos e estava de mudança com seu tutor, João Fantazzini, de São Paulo para o Mato Grosso. O cão estava com ótima saúde e um veterinário atestou que ele poderia viajar. A estimativa é que o trajeto durasse 2h30.

Entretanto, quando Fantazzini chegou em Sinop foi avisado que houve um erro da Gollog (empresa de cargas da Gol) e Joca tinha sido enviado para Fortaleza. O tutor pegou então um voo de retorno para São Paulo, mas enquanto esperava para reencontrar Joca foi informado por uma funcionária da Gol que ele tinha passado mal na chegada em Guarulhos e morrido.

O laudo veterinário que atestou o óbito de Joca aponta que ele sofreu uma parada cardiorrespiratória.

A família Fantazzini, que contratou um advogado, também quer apurar o que ocorreu. Os tutores acusam a companhia de ter sido negligente e não ter dado os cuidados necessários para Joca, que ficou esperando na pista do aeroporto de Fortaleza antes de ser despachado de volta para São Paulo. No total, ele passou mais de 8 horas viajando.

Em nota, a Gol diz que “lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com a dor do tutor… e está oferecendo todo o suporte necessário a ele e a apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com prioridade total pelo nosso time“.

João e Joca, antes da tragédia
Foto: reprodução Instagram Joca Fantazzini

fonte: Conexão Planeta

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