Menina de 7 anos escreve carta pedindo ajuda após pai perder emprego ‘Estamos passando fome’
Bilhete de 30 linhas foi entregue a policiais militares. Após apelo, grupo arrecadou doações para família.
Uma menina de 7 anos comoveu a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após escrever uma carta pedindo ajuda para a família, que tem passado por dificuldades após o pai perder o emprego por conta da pandemia do novo coronavírus.
Em uma folha de caderno, a menina escreveu um texto de 30 linhas com a ajuda da irmã. A criança descreve no bilhete que os pais estão desempregados e que tem sete irmãos. “Estamos passando fome”, diz.
Após receberem a carta, policiais publicaram o apelo em uma rede social. A campanha gerou uma onda de doações, que foram enviadas à família. Segundo o coronel da PM Jorge Barretto, foi possível até ajudar outras pessoas.
“Nós já distribuímos mais de 5 mil quilos de alimentos em toda a área de Ceilândia e Sol Nascente, bem como itens de higienização para várias famílias.”
Pedido

No texto, a menina conta a dificuldade enfrentada pelos pais. “Quantas vezes mamãe e papai saíram para pedir o que comer na rua só para não ver a gente passando fome, nem todos ajudam mas eu tenho fé que Deus vai colocar pessoas boas no nosso caminho.”
À reportagem, ela disse que decidiu entregar a carta aos policiais porque pretende seguir essa carreira. A carta comoveu os militares e eles decidiram ajudar a menina.
“Ela estava com falta de alimentos em casa, sem uma cama para poder dormir com os seus irmãos, sem fralda para poder vestir”, disse o coronel Jorge Barreto.
Após o pedido, a criança conta que recebeu alimentos, roupas e brinquedos. De acordo com o coronel, esse tipo de ação vem sendo realizada rotineiramente pela corporação durante a quarentena, para ajudar famílias afetadas pelo coronavírus.
Desemprego no DF
De acordo com a Secretaria de Trabalho do DF (Setrab), 333 mil pessoas estão desempregadas atualmente na capital.
Segundo a pasta, desde o início da pandemia, 47 mil postos de trabalho foram fechados, consequentemente, o que levou a um aumento nos pedidos de seguro desemprego. Só na primeira quinzena de junho, o crescimento foi de 30%.
(G1)