ACISC alerta para impactos de tarifas dos EUA sobre exportações brasileiras em novo Informativo Econômico
A Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC) divulgou nesta sexta-feira (11) mais uma edição de seu Informativo Econômico, com análise detalhada sobre os possíveis impactos da política protecionista dos Estados Unidos, que cogita a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O alerta é claro: essa medida pode gerar efeitos negativos diretos para a economia nacional, estadual e local.
O economista do Núcleo Econômico da ACISC, Elton Casagrande, explica que, entre janeiro e junho deste ano, as exportações brasileiras para os EUA representaram 12% do total exportado pelo país, com destaque para setores como ferro e aço, aeronaves, óleo combustível, carne bovina e café não torrado. Já nas importações, os EUA responderam por 16% do total. “Caso a medida se confirme, os prejuízos serão significativos, principalmente porque muitas das importações são insumos essenciais para a indústria brasileira”, afirmou Casagrande.
Segundo o levantamento da ACISC, o Estado de São Paulo também seria duramente impactado. Exportações como aviões, suco de laranja, querosene de aviação e café em grão estariam entre os produtos mais afetados. Nas importações, destacam-se máquinas automáticas de processamento de dados, turborreatores e produtos imunológicos.
A cidade de São Carlos, com um parque industrial relevante e relações comerciais consolidadas com o mercado norte-americano, também entraria na linha de impacto. As exportações locais mais afetadas incluem lápis, fornos industriais, turbinas, bombas de ar, compressores, ferramentas hidráulicas e equipamentos de TI. Já nas importações, os itens prejudicados seriam principalmente componentes metálicos e industriais, essenciais para a produção local.
Para a presidente da ACISC, Ivone Zanquim, é preciso estar atento às movimentações internacionais que influenciam diretamente a economia local. “O comércio exterior é um elo importante do nosso desenvolvimento, especialmente em um município com perfil industrial como São Carlos. Por isso, medidas protecionistas como essa podem comprometer empregos, encarecer produtos e reduzir nossa competitividade”, alertou.
Ivone ainda destaca a importância da diplomacia econômica nesse cenário: “Precisamos de estabilidade e diálogo entre as nações. O fortalecimento dos BRICS e o aumento da polarização entre blocos podem gerar efeitos colaterais graves para cidades exportadoras como a nossa”.
O informativo também ressalta que, em uma possível política de reciprocidade do Brasil, o cenário se tornaria ainda mais complexo, já que as importações afetadas servem como base para os produtos exportados, encarecendo a cadeia produtiva e reduzindo ainda mais a competitividade brasileira no mercado global.
A ACISC continuará monitorando o tema e divulgando análises para manter empresários e a sociedade informados sobre os desdobramentos e impactos econômicos da política internacional no cenário local.
Assessoria de Imprensa – ACISC São Carlos
