Cachorra alvo de disputa na Justiça é devolvida para antiga dona em São Carlos: ‘alegria total’

Reencontro de Catiene com a shih-tzu Chewie aconteceu nesta quarta (29). Técnica em nutrição Gabrielle Sigoli diz que criou laços afetivos e pedirá guarda compartilhada.

A cachorrinha Chewie, alvo de disputa judicial em São Carlos (SP), foi devolvida para a antiga dona no final da tarde desta quarta-feira (29).

A ténica em nutrição Gabrielle Sigoli, que estava com a shih-tzu, pretende pedir a guarda compartilhada na Justiça, pois alega ter criado laços afetivos. (veja abaixo o posicionamento).

A cachorra havia fugido da casa da técnica de enfermagem Catiene Aloa da Silva Oliveira, a Cacau, há 3 anos. Após denúncia anônima, ela foi encontrada e um exame de DNA com o filho de Chewie comprovou a identidade.

A Justiça concedeu a reintegração de posse em 15 de dezembro, mas Gabrielle não foi mais encontrada. O caso ganhou repercussão nacional após exibição da reportagem no Fantástico.

Devolução surpresa

Segundo Cacau, a entrega foi feita no final da tarde, por um homem que não se identificou, e surpreendeu a família. A antiga dona estava trabalhando no momento.

“A hora que eu cheguei, alegria total. Já me derramei em lágrimas e estou aqui com minha princesinha, meu bebê de volta ao lar. Ela não estranhou nada. Cheirou tudo, já deitou no sofá, no tapete. É de casa”, comemorou.

Para ela, agora a família está completa. “O divertimento vai dobrar. Perfeito. Presente de Ano Novo”, disse.

Laços afetivos

“Como a decisão em primeira instância deu que eu teria que devolver ela [cachorra] para a Catien, eu estarei fazendo isso. Porém, já foi apresentado recurso em segunda instância e a gente está aguardando resposta. A gente também vai entrar com pedido de guarda compartilhada para minimizar todo o transtorno psicológico que está causando para mim e para minha família”, declarou.

Gabrielle disse que durante os três anos que ficou com a cachorra, também criou laços afetivos com o animal.

“Ela passou a ser minha filha, minha companheira para tudo, para comprar, dormir. Tudo é sempre com ela. Nos momentos mais difíceis da vida dela, no momento de desenvolvimento, tudo que ela aprendeu, a cirurgia que ela precisou fazer, a gente fez. Então assim, a gente passou por muita coisa junto com ela. Ela se tornou minha filha. Eu não vejo minha vida sem a Pandora, entendeu? Tá sendo muito difícil ligar com a situação”, lamentou.

Cacau, no entanto, já avisou nesta quarta que não vai aceitar a guarda compartilhada. “De forma alguma. Ela teve todas as oportunidades no começo, se ela amigavelmente tivesse falado comigo. Ela viu meu sofrimento, só estou esse tempo longe porque ela segurou a Chewie”, disse.

Entenda o caso

Cacau entrou na Justiça para reaver a sua cachorra que está com outra pessoa — Foto: Reprodução EPTV

Chewie, como era chamada pela antiga família, fugiu de uma casa, no bairro Cidade Aracy, em novembro de 2017 e, desde então, passou a viver com outra família.

Sem encontrar o animal, Catiene iniciou uma campanha pelas redes sociais para alertar nas redes o desaparecimento de ‘Chewie’.

A técnica de enfermagem Cacau Oliveira entrou na Justiça para reaver sua cachorra que está há três anos com outra mulher — Foto: Reprodução EPTV

Após 1 ano e 7 meses sem notícias, Catiene recebeu uma mensagem pelo Facebook, de um perfil anônimo, contando que a cachorra estava vivendo com outra família e que a nova tutora sabia que a cadela tinha dono.

Sem conseguir reaver a cachorra de forma amigável, Catiene entrou na Justiça para conseguir de volta Chewie.

Decisão judicial

Filhote de Chewie, que foi usado em teste de DNA em são Carlos — Foto: Ana Marin/g1

No dia 15 de dezembro, uma decisão judicial ordenou que Gabrielle devolvesse a cadela para a antiga dona, após um exame de DNA feito com um filhote de Chewie que ainda vive com Catiene comprovar que, de fato, a cachorrinha que agora atende pelo nome de Pandora, era a cachorrinha que havia fugido em 2017.

Entretanto, apesar da ordem, Gabrielle não devolveu o animal e, desde então, acumula uma dívida de R$ 10 mil por descumprimento da sentença.

(G1)

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