‘Carro voador’: em fase de liberação no Brasil, veículo que já faz voos na China vira atração de feira em Ribeirão Preto
O sonho futurista de poder fugir do trânsito já é realidade para os proprietários do eVTOL 216-S, conhecido também como “carro voador”. A tecnologia chinesa foi apresentada na Agrishow 2024 em Ribeirão Preto (SP) e virou atração entre os visitantes da feira. As informações são do G1.
A aeronave tem uma carga útil total de 220 kg, com espaço para duas pessoas e um compartimento de carga. O transporte é feito apenas em linha reta e ainda precisa de aprovação para ser utilizada no Brasil.
O CEO da empresa Gohobby, Adriano Buzaid, explica como funciona a aeronave que custa US$ 600 mil e já foi adquirida por 14 brasileiros, o último durante o primeiro dia da Agrishow.
“Tem um piloto externo da aeronave e ele tem acesso a todos os sensores, à câmera, tudo. E remotamente ele aciona os motores e coloca as pessoas que estão lá dentro ou a carga do ponto A até o ponto B, em uma distância de mais ou menos 30 quilômetros de autonomia”, diz.
Buzaid afirma que a intenção é que os passageiros apenas aproveitem o voo e deixem com o piloto remoto a preocupação com as 12 baterias independentes e os 16 motores que garantem o funcionamento do eVTOL 216-S.
Com mais de 30 mil horas de voos ao redor do mundo, em mais de 12 países, a aeronave não possui nenhum acidente ou incidente – termo usado na aviação para descrever qualquer ocorrência associada à operação de uma aeronave.
“Se você perder um, dois, até cinco motores ou cinco hélices, qualquer coisa desse tipo, a aeronave continua voando sem nenhum problema. Então não entra em pouso de emergência ou pouso forçado.”
A China foi o primeiro país a receber a certificação e já realiza voos comerciais e privados. Nos outros 12 países, a liberação do eVTOL 216-S ainda não é plena. Para os compradores brasileiros, a estimativa para a liberação do carro voador é entre um e dois anos para concluir o processo de certificação, de acordo com Buzaid.
Os vôos realizados pelo carro voador podem chegar a 130 km/h e são programados por um piloto, com autorização do espaço aéreo, através de um computador. Caso não tenha nenhuma intercorrência, o trabalho do piloto se restringe a essa função.
Para Buzaid, essa é uma tendência na agricultura devido à economia de custos e a possibilidade de o piloto de administrar mais de uma aeronave sem precisar estar fisicamente no local. Foto: Ana Beatriz Fogaça/g1