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Empresário de Ibaté tem conta da empresa invadida e perde R$ 75 mil; caso expõe falha de segurança bancária

Um empresário de Ibaté registrou um boletim de ocorrência após descobrir que a conta bancária da sua empresa foi invadida e que R$ 75 mil foram transferidos de forma fraudulenta. Ele acusa a instituição financeira de falha grave na prestação de serviço e falta de segurança nos protocolos internos.

De acordo com o relato da vítima, no dia 13 de junho (sexta-feira), o aplicativo bancário da empresa parou de funcionar tanto no celular quanto no computador. Sem clicar em links suspeitos ou instalar aplicativos, o empresário decidiu aguardar o retorno do sistema, mas também entrou em contato via WhatsApp com o gerente responsável pela conta, identificado pelas iniciais R.

R. respondeu dizendo que estava de férias e orientou que o empresário procurasse outro gerente, de iniciais W. Como estava fora da cidade e não tinha o contato direto de W., o empresário pediu que sua filha, P., fosse até a agência do Banco do Brasil em Ibaté para averiguar a situação.

Na agência, P. foi informada por um atendente que a conta da empresa havia sido bloqueada após uma movimentação considerada atípica: uma transferência de R$ 75 mil. No dia seguinte, ela retornou ao local e conversou com o gerente W., que revelou ter recebido uma ligação de um número com DDD 16. Do outro lado da linha, alguém se passou pelo empresário e solicitou o cadastro de uma nova senha para acesso à conta da empresa. Acreditando estar falando com o verdadeiro cliente, o gerente atendeu ao pedido.

Ainda segundo o gerente, ele recebeu uma segunda ligação, dessa vez com alguém se passando por P. — filha do empresário. W. contou que, para confirmar a identidade, fez algumas perguntas pessoais, como o nome da filha e o número de filhos, que foram corretamente respondidas pelo golpista.

Mais tarde, o empresário conseguiu novamente acessar sua conta e constatou que o valor havia sido transferido para uma conta em nome de uma empresa intermediária de pagamentos digitais, vinculada a um suposto titular de iniciais S. J. B. A vítima afirmou que não conhece essa pessoa, que nunca autorizou essa transação e que tampouco solicitou abertura de conta nessa instituição.

Ele também garantiu que nunca usou o número de telefone utilizado nas ligações feitas ao banco e reforça que a falha partiu da instituição financeira, que alterou o acesso à conta sem verificar adequadamente a identidade do solicitante. O empresário afirma que até o momento não foi ressarcido e que os prejuízos vão além do financeiro.

A vítima apresentou representação criminal e solicitou à Polícia Civil que oficie a instituição financeira para o imediato cancelamento da conta aberta em seu nome sem autorização. O caso será investigado como estelionato e pode envolver tanto a ação de criminosos quanto responsabilidade por parte do banco por negligência.

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