Finlândia registrou mais mortes por suicídio do que por Covid em 2020

Enquanto 558 finlandeses morreram em decorrência da doença no ano passado, 717 tiraram a própria vida no país no mesmo período

A Finlândia é um dos países europeus que melhor controlaram a pandemia, a ponto de ter registrado mais mortes por suicídio do que por Covid-19 em 2020, segundo dados da agência nacional de estatística Tilastokeskus divulgados nesta sexta-feira (10).

Um total de 717 pessoas se suicidaram na Finlândia no ano passado, 73% homens, enquanto a pandemia de Covid-19 causou 558 óbitos — 1% de todas as mortes — no país de 5,5 milhões de pessoas, de acordo com a Tilastokeskus.

Embora tenha havido 29 suicídios a menos do que em 2019, esses números mostram que a saúde mental continua sendo um problema grave na Finlândia, ao mesmo tempo que atestam que o país nórdico tem sido capaz de minimizar os efeitos da pandemia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Finlândia é o país da União Europeia (UE) com a mais baixa taxa de mortalidade por Covid-19 desde o início da pandemia.

São 254,5 mortes a cada milhão de habitantes, número sete vezes menor que o verificado na Espanha e na França e cinco vezes menor que o observado na Alemanha.

O país nórdico tem também o terceiro menor número de mortes em relação à sua população em todo o continente europeu, atrás apenas da Islândia (96,1 por milhão de habitantes) e da Noruega (211,3), segundo a OMS.

No entanto, a Finlândia está atualmente no meio da quinta onda da pandemia. As autoridades sanitárias anunciaram na sexta-feira que foram detectadas 1.781 novas infecções nas últimas 24 horas, o número diário mais elevado até o momento.

O aumento acentuado de infecções e internações hospitalares por Covid-19 nas últimas semanas ameaça sobrecarregar as unidades de terapia intensiva, cuja ocupação duplicou desde o fim de outubro.

De acordo com dados do Instituto Nacional Finlandês de Saúde e Bem-Estar, 76,7% das pessoas na Finlândia receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, 72,7% receberam a segunda e 8% receberam a dose de reforço.

Apesar disso, a incidência acumulada nas últimas duas semanas aumentou para 319,7 casos a cada 100 mil habitantes, 24% a mais do que nos 14 dias anteriores.

(R7)

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