IBATÉ-Vereadores querem emendas parlamentares, valor pode chegar a R$ 1,8 milhão por ano
Nesta segunda-feira, (24/02) os vereadores de Ibaté discutirão uma proposta que pode destinar aproximadamente R$ 1,8 milhão por ano às emendas parlamentares. De acordo com o projeto, metade desse valor seria exclusivamente para a saúde, trazendo um investimento significativo para o setor que é prioridade para muitos cidadãos. A medida visa atender às carências locais em equipamentos e infraestrutura, tendo em vista que Ibaté conta com 9 representantes no executivo, caso seja aprovada cada vereador terá cerca de R$ 200.000,00 à disposição (Por ano).
A proposta também levanta questões sobre a redefinição das funções dos vereadores de Ibaté. Tradicionalmente nos últimos anos, as funções dos nobres foram, legislar e fiscalizar o Executivo, não gerenciar diretamente recursos. A possível aprovação da emenda introduz um novo papel para os parlamentares, que passariam a indicar onde investir parte do orçamento municipal.
Críticos da medida estão preocupados que os recursos possam ser utilizados para fins eleitoreiros. A destinação de verbas para obras visíveis e de impacto imediato, como pequenas reformas e aquisições de equipamentos, poderia ser usada como uma forma de “politicagem institucionalizada”, beneficiando diretamente as bases eleitorais dos vereadores.
Os moradores de Ibaté estão atentos à votação de hoje, conscientes de que o resultado pode abrir um novo capítulo na administração dos recursos públicos da cidade. A decisão afetará diretamente como os recursos serão utilizados e se a prioridade será de fato as necessidades urgentes da população ou se prevalecerão interesses eleitorais.
A proposta de destinação de emendas parlamentares, totalizando R$ 1,8 milhão por ano, sendo R$ 900.000,00 para a saúde, coloca a cidade em uma encruzilhada. Os vereadores terão a oportunidade de mostrar se utilizarão esses recursos com responsabilidade e em benefício da população, ou se a medida servirá de trampolim para disputas eleitorais. A votação de hoje será crucial para definir o futuro da gestão dos recursos municipais e o papel dos vereadores na administração pública.
Críticos da proposta temem que a medida possa seguir o caminho do que já acontece em Brasília, onde deputados e senadores são frequentemente acusados de praticar o “toma lá dá cá”. Esse termo refere-se a um tipo de barganha política, onde recursos públicos são utilizados para garantir apoio político e votos, em vez de serem aplicados nas necessidades mais urgentes da população.