Marido lembra socorro à esposa vítima de acidente ao fritar ovo: ‘Uma dor que nunca vai passar’

Elisângela Oliveira de Jesus, de 33 anos, quebrou o ovo num copo que tinha água e explosão com óleo causou queimaduras, em Rio Claro (SP). Ela morreu na segunda-feira (26).

Régis Cândido, marido da mulher que sofreu um acidente ao fritar um ovo e morreu 10 dias depois, em Rio Claro (SP), queimou as mãos ao tentar socorrê-la. Ele relembrou os momentos depois da explosão e se recupera da perda da esposa. “Era uma mãe incrível. É uma dor que nunca vai passar”.

O acidente aconteceu no dia 16 de fevereiro e Elisângela Oliveira de Jesus, de 33 anos, teve uma parada cardiorrespiratória em Limeira, na segunda (26).

Elisângela, que trabalhava em uma padaria, colocou uma frigideira com óleo para esquentar no fogão e quebrou um ovo em um copo para ver se o alimento não estava estragado. O copo tinha água, e ela não percebeu. Ao despejar o ovo com a água na frigideira com óleo, as chamas subiram.

Explosão e socorro

Régis Cândido teve queimaduras de segundo grau nas mãos ao tentar socorrer a esposa em Rio Claro — Foto: Renan Ciconelo/EPTV

Segundo Régis, a mulher estava fazendo o jantar quando o acidente aconteceu.

“Ela gritou socorro, eu saí correndo e ela já estava com a camiseta e o sutiã de amamentação em chamas. Eu rasguei a camiseta dela, rolei ela no chão, porque já tava pegando fogo no cabelo dela. Enrolei ela numa toalha úmida e gritei socorro para os vizinhos e chamei o Samu”, lembrou.

Ele teve queimaduras de segundo grau nas mãos ao tentar ajudar a esposa, que trabalhava em uma padaria há 13 anos.

Régis também lembrou que no dia ela estava bastante cansada, pois tinha trabalhado das 6h às 22h. “Ela chegou, amamentou a filha, colocou ela para dormir e foi fritar o ovo. Ela não reparou, acredito eu, que o copo tinha água”, afirmou.

Nesse tipo de caso, a busca por socorro deve ser imediata e é importante não tocar na pessoa queimada. “A partir 30% do corpo queimado não é indicado jogar água porque a pessoa perdeu a capacidade de fazer troca de calor com o ambiente e a água poderia causar uma hipotermia”, explicou o bombeiro Rafael Mendonça Maia.

Mulher morre depois de acidente com óleo quente em Rio Claro — Foto: Reprodução/Facebook

Agora ele busca forças para se recuperar da perda e cuidar da pequena Isabelle, de 1 ano.

“A dor maior é a dor por dentro. É uma dor que eu acho que nunca vai passar. Era uma mãe incrível. Ela cuidava muito bem da nossa filha, era uma batalhadeira (sic), uma perfeita esposa. É uma dor, um sentimento que é inexplicável”, lamentou.

Uma campanha nas redes sociais busca arrecadar recursos para ajudar o viúvo, que está desempregado. Para ajudar, basta procurar pelo perfil de Régis Cândido. As informações são do G1.

 Foto: Renan Ciconelo/EPTV

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