GERALIBATÉ

O papel da Defesa Civil

Os primeiros registros de ações de Defesa Civil ocorreram na Inglaterra durante a Segunda
Guerra Mundial, onde havia necessidade de socorro e acolhimento aos soldados feridos durante os
bombardeios.
No Brasil, os primeiros registros datam de 1942 com a criação da ‘Serviço de Defesa Passiva
Antiaérea’ após o ataque a navios brasileiros. Mas foi em 1988, com a criação do Sistema Nacional de
Defesa Civil (Sindec) que o Brasil passou a atuar de forma sistêmica entre os entes federativos, visando a prevenção e o atendimento a ocorrências de desastres.
Dessa forma, podemos afirmar que entre os órgãos de segurança como Forças Armadas, Polícia
Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil torna-se de certo modo contemporânea, mas não menos importante para a sociedade, visto que todos possuem o propósito de preservar e salvar vidas.
A partir da promulgação da Lei número 12.608, de 10 de abril de 2012, a Defesa Civil definiu
sua atuação em todo território nacional com sua principal premissa voltada a prevenção de desastres.
Atualmente, com as mudanças climáticas, os órgãos de defesa civil passaram a ser protagonistas nas
ações, dado a maior frequência de eventos adversos ocorridos em todo planeta, causando perdas de vida,
danos ao meio ambiente e prejuízos socioeconômicos, impactando milhares de pessoas.
Voltando a Lei Federal, a mesma está muito além da previsão legal da categorização desta
política pública. Ela estabelece que a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), deve integrar-se às políticas de ordenamento territorial, desenvolvimento urbano, saúde, meio ambiente, mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos’ (Brasil, 2012).
Essa integração também se estende ao uso de tecnologias de informação e comunicação, à geologia, às políticas setoriais, à infraestrutura e à educação. O foco principal é promover um ciclo de
desenvolvimento sustentável, alinhado a princípios ecossistêmicos e de resiliência social e ambiental.
Torna-se então primordial o engajamento de todos setores, como Poder Executivo, Legislativo e Poder Judiciário, além dos órgãos de segurança pública, setores privados e sociedade como um todo, nas ações de proteção e defesa civil.
Entendo que houve avanço. Porém, ainda é comum, principalmente em municípios de pequeno
porte, vermos a atuação das defesas civis somente em respostas pontuais, não priorizando todo ciclo de
defesa civil, que dispõe na prevenção, mitigação, preparação, resposta e reconstrução. Acredito serem de mais relevância as três primeiras premissas deste ciclo, pois antecedem aos desastres.
Ademais, como o dito popular ‘é melhor prevenir do que remediar’, considero também para
êxito e plenitude, ser necessária a atuação em todo ciclo, uma vez que dependendo da magnitude do desastre, demandam tempo, recursos e muito trabalho para reestabelecimento da normalidade e
reconstrução do cenário atingido. Portanto, é primordial que a população esteja preparada, pois a primeira resposta é de nossa inteira responsabilidade, visto que o desastre ocorre no município.
Por fim, mais especificamente aqui em Ibaté, tivemos avanços significativos, como a
reestruturação da Defesa Civil com melhora nos atendimentos de ocorrências, elaboração dos planos de contingências, mapeamento das áreas de risco, ações preventivas, tais como campanhas orientativas e
constantes avisos de alerta a população, assim como trabalhamos em sintonia com a Defesa Civil
Estadual para melhor atender a população.
Acredito que estamos no caminho certo. Afinal, Defesa Civil somos todos nós!
Everton Perucci,
Coordenador Municipal de Proteção e Defesa Civil.

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