Parte de imagens de câmeras de agentes de megaoperação pode ter se perdido por falta de bateria
Marcelo de Menezes diz que vida útil das baterias de câmeras corporais dura 12 horas. Secretário de segurança afirmou que ot rabalho da polícia passa por ‘fiscalização intensa’.
As informações são do g1 Rio de Janeiro – Foto: Reprodução
O secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Marcelo de Menezes, afirmou durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (29) que parte das imagens que poderiam ter sido registradas por câmeras corporais que participaram da megaoperação nos complexos da Penha e Alemão no dia anterior pode ter se perdido.
Menezes afirmou que a vida útil das baterias de câmeras corporais dura 12 horas e que a preparação para a operação começou às 3h de terça.
“As baterias das câmeras duram cerca de 12 horas. Começamos a reunir às 3h de terça-feira. As tropas começaram a se movimentar às 5h. Em algum momento, há a substituição dessas baterias. Dado o cenário em que ali estavam empregadas as câmeras, aquelas baterias não foram recarregadas e em algum momento essas imagens podem ter sido perdidas”, disse o secretário.
Com mais dezenas de corpos encontrados em uma área de mata nesta quarta, a operação terminou com mais de 120 mortos, entre eles 4 policiais. Ao todo, 91 fuzis foram apreendidos e mais de 110 pessoas foram presas.
“Os 91 fuzis apreendidos passarão por perícia, que certamente vai comprovar que foram utilizados por narcoterroristas”, disse Menezes.
Muitos dos corpos trazidos para vias da Penha foram levadas por parentes dos mortos. O secretário de segurança Victor Santos disse que as autoridades de segurança não sabiam da presença dos corpos na mata, e por isso não houve como auxiliar na retirada dos corpos na Penha e no Complexo do Alemão.
“Naquela ocasião, é impossível fazer algo que não seja preservar sua vida. A polícia não tinha sequer ciência da existência deles”.
“A polícia civil tem seus protocolos. A Delegacia de Homicídios é acionada, a perícia é feita, o corpo é liberado e retirado do local. Os moradores removeram os corpos. A partir do momento que os moradores e familiares retiraram os corpos, o poder público tomou conhecimento”, disse o delegado Carlos Oliveira, subsecretário de planejamento.
Sobre denúncias de tortura e violações de direitos humanos durante a operação, Santos afirmou que o trabalho da polícia passa por “fiscalização intensa”.
“Trabalho da perícia de resguardar vidas. São várias as imagens de criminosos se entregando. Se tem uma atividade que tem fiscalização intensa, é a atividade policial. Em todos os inquéritos os policiais são vítimas”.



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