Presidente dos Correios atribui prejuízo de R$ 2,13 bilhões à taxação de compras internacionais

Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios, afirma que a taxação de compras internacionais foi a principal causa do prejuízo de R$ 2,13 bilhões em 2024.

Os Correios fecharam o ano de 2024 com um déficit de R$ 2,13 bilhões, segundo números preliminares divulgados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos, atribuiu o resultado negativo principalmente à taxação de compras internacionais, conhecida popularmente como “taxa das blusinhas”.

O impacto da taxação de compras internacionais

Santos afirmou que o imposto de importação para itens de até US50teveumimpactodiretodeR50teveumimpactodiretodeR 2,2 bilhões no balanço da empresa. “O impacto foi de R$ 2,2 bilhões, que vai ser divulgado com o balanço da empresa”, disse ele. A medida, que visava proteger o mercado nacional, acabou reduzindo significativamente o volume de encomendas internacionais, principal fonte de receita dos Correios nos últimos anos.

Reestruturação e foco no mercado nacional

O presidente dos Correios garantiu que a empresa está em processo de recuperação e que a reestruturação é uma prioridade. “Esse plano já está em andamento e estamos trabalhando para entregar cada vez mais um Correio saudável, sustentável e, acima de tudo, um Correio que atenda a população”, afirmou Santos.

Ele destacou a necessidade de a empresa se voltar para o mercado nacional e fortalecer parcerias com empresas brasileiras. “Os Correios estavam focados em alguns setores em que se navegava tranquilamente. Hoje não é assim. Os Correios precisam se voltar para o mercado nacional, precisa se voltar para as empresas brasileiras”, explicou.

O legado da tentativa de privatização

Santos também criticou a gestão anterior, afirmando que a empresa foi “sucateada” para ser vendida. “Quando uma empresa é sucateada, como ela foi para ser vendida, a gente tem um trabalho grande de recuperação”, avaliou. Ele ressaltou que os anos de incertezas em torno da privatização prejudicaram a estrutura e a operação dos Correios.

Santos nega pedido de demissão

Questionado sobre a possibilidade de deixar o cargo na reforma ministerial prevista para os próximos meses, o presidente dos Correios negou ter colocado o cargo à disposição. “É uma avaliação que compete ao presidente [Lula]. Eu estou na função e vou desempenhar com a mesma dedicação”, afirmou Santos.

Apesar do prejuízo, Santos expressou otimismo em relação ao futuro da empresa. Ele destacou que a reestruturação já está em curso e que os Correios estão buscando novas oportunidades no mercado nacional. “Estamos trabalhando para entregar um Correio saudável, sustentável e que atenda às necessidades da população”, concluiu. As informações são do Bastidores.

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