Professores e servidores da UFSCar rejeitam nova proposta do governo federal e mantêm greve

IFSP de São João da Boa Vista também decidiu continuar com a greve.

Em assembleias realizadas nesta quinta-feira (23) os professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) rejeitaram a proposta apresentada pelo governo federal na terça-feira (21) e decidiram manter a greve.

Os servidores estão paralisados desde 11 de março, já os professores aderiram à greve em 6 de maio, a partir dessa data, as aulas foram suspensas. Cerca de 12 mil alunos estão sem aulas.

Servidores

Na manhã desta quinta, os servidores aprovaram por unanimidade a rejeição da proposta apresentada pelo governo por ser insuficiente para atender as demandas da categoria.

Na última proposta apresentada, o governo federal propôs reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 5% em maio de 2026 e ausência de reajuste para 2024.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (SINFSCar), os servidores técnico-administrativos têm a pior remuneração do serviço público federal e até agora, recebeu a pior proposta salarial do governo.

A categoria reivindica:

  • Recomposição salarial;
  • medidas urgentes contra a Reforma Administrativa;
  • reposição do quadro de servidores por meio da realização de concursos públicos para todos os cargos e fim da terceirização;
  • aporte de orçamento para as instituições federais de ensino.

Docentes

Os docentes dos quatro campi da UFSCar decidiram em assembleia na tarde desta quinta a rejeitar a proposta do governo e seguir em greve por tempo indeterminado.

A decisão será encaminhada ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) que irá enviar ao governo federal um documento com o resultado de todas as assembleias dos sindicatos (seções sindicais).

A categoria reivindica reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária e revogação de normas aprovadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Na proposta apresentada na terça-feira, o governo manteve as condições já apresentadas, entre elas, reajuste salarial somente a partir de 2025 e fez uma alteração na diferença salarial recebida na progressão da carreira, que foi considerada tímida pela Associação dos Docentes em Instituições Federais de Ensino Superior de São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino (ADUFSCar).

IFSP

A greve também foi mantida nos campi do Instituto Federal (IFSP) de São João da Boa Vista. Em assembleia na quarta-feira (22), os servidores do campus resolveram por unanimidade dar continuidade à greve. Os servidores do campi aderiram à paralisação em 15 de abril.

De acordo com Sindicato Nacional que representa os servidores (docentes e técnicos) da Rede Federal de Educação Básica, Técnica e Tecnológica (Sinasefe) de São João, além das categorias não aceitarem a falta de reajuste em 2024, o plano de carreira apresentado pelo governo fez os planos ficrem piores do que já estão, principalmente para os funcionários que estão em meio de carreira e prejudica quem tem mestrado e doutorado, o que não convém a uma instituição educacional.

O g1 entrou em contato com os IFSP de Araraquara, São Carlos, Matão e Rio Claro e aguarda um retorno.

As informações são do G1.

Foto: Diário São Carlos/Divulgação

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