São Carlos-Donos de bares e restaurantes protestam; Prefeitura diz estar com mãos atadas

Na manhã desta segunda-feira, comerciantes se reuniram com representantes da municipalidade em busca de alternativas.

A aceleração pelo contágio do novo coronavírus, causador da pandemia da Covid-19 fez com que o governador João Doria (PSDB), obedecendo orientação de autoridades sanitárias restringisse o horário de funcionamento de bares e restaurantes. De acordo com o Plano São Paulo, para que se evitem aglomerações, bares e restaurantes devem funcionar até às 20h. A decisão passou a vigorar no sábado, 12.

A decisão, a princípio, deve valer em todo o Estado de São Paulo onde as estatísticas apontam que as ocupações de leito em UTIs Covid aumentaram e tal medida seria para evitar a propagação do Sars-CoV-2.

Insatisfeitos com tal deliberação, proprietários de bares e restaurantes de São Carlos estiveram na manhã desta segunda-feira, 14, na Prefeitura Municipal em busca de alternativas para que haja solução para o impasse, já que acham injusto tal decisão. Já a Prefeitura Municipal afirmou, por ora, estar com as mãos atadas.

ATITUDE RASTEIRA

Segundo Caio Formenton, que possui dois estabelecimentos comerciais em São Carlos afirmou que a decisão do governador João Dória (PSDB) foi rasteira.

“Estávamos engatinhando, conseguindo nos reerguer e contratando. Mas o que o governo fez foi uma rasteira. Limitar o nosso funcionamento até às 20h é sem sentido. Se o cara sai do serviço às 18h, 18h30 e vai começar às 19h para ficar até às 20h é impossível. Mas tem rolês, encontros em chácaras, festas. Pessoas vão para cidades vizinhas e ficam até de madrugada. É injusto com nós. A gente estava contratando, caminhando novamente e ocorre isso com este novo decreto”, lamentou Caio. “Em março tive que demitir a contragosto nove pessoas. E isso vai acontecer de novo”, antecipou. “A categoria precisa se unir e buscar uma solução junto a Prefeitura e Governo do Estado”, disse.

O Procurador Geral do Município Alexandre Carreira Martins Gonçalves, disse que hoje São Carlos não pode legislar em causa própria e cede as determinações do Governo. Ele afirmou que uma liminar foi julgada em setembro e hoje a Prefeitura tem uma sentença de apelação que foi apresentada no dia 5 de novembro e aguarda decisão do Tribunal de Justiça do Estado.

“A Prefeitura fica em uma situação difícil e a decisão do Governo do Estado tem que ser obedecida. Não nos permite flexibilização”, finalizou.

(São Carlos Agora)

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