Comitê científico de SP prevê fim do uso de máscaras em dezembro

Órgão irá monitorar a disseminação do vírus e a cobertura vacinal. Previsão é que números sejam atingidos em novembro

O Comitê Científico de São Paulo prevê a flexibilização do uso de máscara em todo o Estado no mês de dezembro. O órgão, entretanto, condicionou a possibilidade ao cumprimento de indicadores que monitoram a disseminação do vírus.

“A posição do comitê é que esse momento ainda não é seguro e adequado a liberação do uso de máscaras. Estamos numa transição importante em que não vai mais haver distanciamento mínimo. Estádios de futebol vão poder receber pessoas de acordo com a sua capacidade e outras atividades voltando à normalidade, esperamos observar melhor essas questões antes da liberação das máscaras”, afirmou João Gabbardo, coordenador executivo do órgão. 

Segundo Gabbardo, o comitê elaborou três indicadores relacionados ao controle da pandemia, para mostrar a circulação do vírus, o número de pessoas que apresentam a doença em sua forma grave, que precisam de internação hospitalar ou que venham a óbito e o indicador que vai acompanhar a cobertura vacinal. 

“Quando isso acontecer o Comitê encaminhará a liberação de máscaras em ambientes abertos e sem aglomeração. Se continuarmos com os indicadores caindo nessa mesma velocidade que foi apresentado pelo secretário Jean (Gorinchteyn), na última semana do mês de novembro poderemos atingir os quatro indicadores estipulados e, assim, em na primeira semana de dezembro, é possível que haja a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos e sem aglomeração.”

Em relação à cobertura vacinal, Gabbardo e Regiane de Paula afirmaram que a campanha está atualmente em 68,5%. A expectativa é que se alcance o percentual de 75% da população vacinada. Em relação à circulação do vírus, são os novos casos: no pior momento da pandemia eram 18 mil casos diários. Hoje existem, o número é de aproximadamente 800. “Entendemos que esse número já é adequado, a meta estabelecida era de menos de 1.100 casos diários na média móvel de sete dias.”

As internações chegaram, no pico da pandemia, 4 mil internações diárias. “Hoje estamos trabalhamos com a meta de 400  internações como média móvel. Temos como indicador ficar abaixo das 300 internações para atingir essa meta.” Em relação ao número de óbitos, nos meses de pior momento foram 800 mortes por dia. Hoje, são registradas 62 casos diários. A previsão é ficar abaixo de 50 mortes diárias.

Doria lembrou ainda que o equipamento de proteção é obrigatório por lei no Estado. “Até o final desse mês de novembro quando, possivelmente, teremos a liberação do uso, as máscaras continuam obrigatórias. Nessa ocasião poderemos rever o uso baseados no cumprimento dos indicadores”, disse o governador. (R7)

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